PUNCTUM – Número Seis

25 DE NOVEMBRO

TRANSMISSÃO ONLINE


9h30 – ABERTURA

Romildo do Rêgo Barros
Laura Rubião
Henri Kaufmanner


11h – MENSAGEM DA PRESIDENTE DA AMP – CHRISTIANE ALBERTI

Coordena: Angelina Harari


11h30 – A PRESENÇA DO ANALISTA NO INCONSCIENTE REAL

Heloísa Bedê – A presença do analista como testemunha de um sopro

Andrea Reis Santos – Analista Punctum

Sérgio Laia – Antecedentes do inconsciente real em formulações de Lacan sobre a presença do analista

Provoca: Patrícia Badari

Moderador on-line: Niraldo de Oliveira Santos


13h – ALMOÇO


15h às 19h – JORNADA CLÍNICA

26 DE NOVEMBRO

TRANSMISSÃO ONLINE


9h – PRESENÇA DO ANALISTA E EXPERIÊNCIAS DO INCONSCIENTE

Conferência de Clotilde Leguil

Coordena: Sérgio de Campos

Tradução simultânea: Veridiana Marúcio

9h45 – Clotilde Leguil conversa com Elisa Alvarenga, Marcela Antelo, Maria Josefina Sota Fuentes e Rodrigo Lyra

Tradução consecutiva: Sérgio Laia


10h30 – A SOLUÇÃO TRANS

Oscar Reymundo – Outro lugar no mundo

Marcelo Veras – Trans na prática

Eliane Costa Dias – Trans-formações: soluções para o real do sexo?

Provoca: Isabel do Rêgo Barros Duarte

Moderador on-line: Ruskaya Maia


12h – ALMOÇO


14h – O ANALISTA É O TEMPO

Samyra Assad – O lapso no ato analítico : sobre a antecipação temporal

Sandra Grostein – Cronos, Saturno, Tempo…

Jésus Santiago – O analista presente no espaço de um lapso

Provoca: Ruth Cohen

Moderador on-line: Flávia Cera


15h30 – INTERVENÇÃO CULTURAL


15h45 – ACONTECIMENTOS POLÍTICOS DE CORPO: O ANALISTA E A SEGREGAÇÃO

Conversam: Marcus André Vieira e Helenice de Castro

Coordena: Cleide Monteiro


16h45 – INTERVALO


17h – ENSINO DO PASSE: O ACONTECIMENTO ANALISTA NO FINAL DA ANÁLISE

Tânia Abreu e Sérgio de Mattos provocam Ana Lúcia Lutterbach e Ram Mandil

Coordena: Antônio Áureo Beneti


18h30 – COMEÇAR A SE ANALISAR – XI ENAPOL

Apresenta: Ricardo Seldes (EOL) – Presidente da FAPOL

Coordena: Fernanda Otoni Brisset


18h45 – ENCERRAMENTO

Glória Maron e Lucíola Macêdo

JORNADA CLÍNICA


SALA I


15h – O ANALISTA NA INSTITUIÇÃO: EFEITOS DE UMA PRESENÇA

• Aposta no encontro sempre contingente – Eliana Machado Figueiredo

• Um analista em uma instituição pública: presente, insistente, reticente – Fabrício Donizete da Costa

Provoca: Paula Borsoi

Moderador on-line: Luiza Sarno


16h – FAZER VACILAR O DISCURSO DO MESTRE

• Da lama ao caso: o diferente – Sandro Boaventura

• Esvaziar … ou pior – Tatiana Vidotti

Provoca: Iordan Gurgel
Moderador on-line: Giovanna Quaglia


17h – O IMPREVISTO NA EXPERIÊNCIA ANALÍTICA

• O insondável de uma presença – Izabel Abreu

• Procrastinação, identidade, presença do analista – Lucas Fraga Gomes

Provoca: Maria Silvia G. F. Hanna

Moderador on-line: Carla Serles


18h – A DISRUPÇÃO DO GOZO E O ATO ANALÍTICO

• Analista fazendo par com a urgência – Carlos Ferraz Batista

• “Pode falar!” – “Eu não sou louca” – Rogéria Gontijo

Provoca: Maria do Carmo Dias Batista

Moderador on-line: Jussara Jovita Souza da Rosa


SALA II


15h – O ANALISTA NO TRATAMENTO DO AUTISMO: UMA PRESENÇA DISCRETA

• O autista e presença do analista: a invenção de um “autismo a dois” – Margaret Pires do Couto

• Traços que marcam a presença do analista na diferença absoluta – Cynthia Gonçalves Gindro

Provoca: Valeria Ferranti

Moderador on-line: Luiz Felipe Monteiro


16h – O ANALISTA FORT-DA

• Modalidades da “presença-ausência” do analista na clínica do autismo – Carla Capanema

• Onde Gil está? – Camille Gavioli

Provoca: Fátima Sarmento

Moderador on-line: Miguel Antunes


17h – O REAL E O CORPO NA ADOLESCÊNCIA

• O sinthoma, o corpo e o analista na clínica – Ceres Lêda F. F. Rubio

• Uma chance – Maria Corrêa de Oliveira

Provoca: Nohemi Brown

Moderador on-line: Cristiane Barreto


18h – A BATALHA DO AUTISMO

• Analistas presentes: a sua importância nos casos de autismo – Leny Magalhães Mrech

• O PIPA (e rabiola) e a questão do analista presente junto à sociedade – Bartyra Ribeiro de Castro e Rachel Amin

Provoca: Anamaria Vasconcelos

Moderador on-line: Katia Mariás


SALA III


15h – UMA PRESENÇA QUE PERTURBA

• A transferência como via para a separação – Bernardo Micherif Carneiro

• “Não tive sucesso!” … ainda – Ordália Junqueira

Provoca: Sérgio de Castro

Moderador on-line: Maricia Ciscato


16h – INCIDÊNCIAS DA INTERPRETAÇÃO NA REPETIÇÃO

• A filha oferecida – Helena M. D. M. Testi

• Dois que não se fazia um – Vagner Arakawa

Provoca: Cassandra Dias

Moderador on-line: Paula Legey


17h – O CORTE COMO TRATAMENTO DO TRAUMA

• O que (re)existe ao ato – Marcella Pereira de Oliveira

• O silêncio e a presença do analista – Juliana Radaelli

Provoca: Lucila Maiorino Darrigo

Moderador on-line: Renata Martinez


18h – ACONTECIMENTO ANALISTA

• Analista, presença onírica – Alessia Fontenelle

• Um corte no excesso: abertura de uma brecha – Aline Mendes

Provoca: Cristina Drumond

Moderador on-line: Fabiola Ramon


SALA IV


15h – O VIRTUAL, O SEMBLANTE E O CORPO

• A construção de um corpo no uso on-line – Gustavo Ramos da Silva

• O analista e a era do digital – Luciana Silviano Brandão

Provoca: Ana Lydia Santiago

Moderador on-line: Niraldo de Oliveira Santos


16h – A SEXUAÇÃO E A ÉPOCA

• Ativismo e silêncio manifesto – Mariana de Oliveira Junqueira Franco

• Janela da Escuta: presença, subversão e modéstia ativa – Cristiane Grillo

Provoca: Marcia Stivall

Moderador on-line: Cláudia Formiga


17h – A PRÁTICA DESSEGREGATIVA DO ANALISTA

• As presenças da psicanálise – Gresiela Nunes da Rosa

• Sobre luto e luta – Cristiane Ribeiro e Musso Greco

Provoca: Luiz Fernando Carrijo da Cunha

Moderador on-line: Flávia Cêra


18h – O FURO, A ARTE E A CLÍNICA

• Adultérios, línguas e outros trous – Magno Azevedo

• Tecitura do Real – Gleuza Salomon

Provoca: Luis Francisco Espíndola Camargo

Moderador on-line: Gabriella Dupim


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PUNCTUM – Número Cinco

Editorial – PUNCTUM 5

por Patricia Badari

Leia aqui


Voz e moldura

por Nohemí Brown

Leia aqui


Bibliografia e ressonâncias

por Cristiane Barreto e Luiz Felipe Monteiro

Leia aqui


Ricardo Seldes: Presente!

Tuítes falados

Ricardo Seldes: Presente!

Tuítes falados


PUNCTUM – Número Quatro

Entrevista com Bernardino Horne

Entrevista com Bernardino Horne


PUNCTUM – EXTRA II

Analista: Presente!
Lançamento do XXIV EBCF

Tempo, corte e ato: o acontecimento analista.
Segunda Atividade Preparatória - XXIV EBCF

O analista presente no espaço de um lapso?
Primeira Atividade Preparatória - XXIV EBCF

O impossível e o laço: o analista e a época.
Terceira Atividade Preparatória - XXIV EBCF

Analista: Presente! - Lançamento do XXIV EBCF

O analista presente no espaço de um lapso? Primeira Atividade Preparatória - XXIV EBCF

Tempo, corte e ato: o acontecimento analista. Segunda Atividade Preparatória - XXIV EBCF

O impossível e o laço: o analista e a época. Terceira Atividade Preparatória - XXIV EBCF


Envio de trabalhos


Critérios para o envio de textos para a conversação clínica.


O XXIV Encontro Brasileiro do Campo Freudiano receberá textos na forma de recortes clínicos de casos ou vinhetas práticas, que tenham como referência um dos seus três eixos temáticos :
I – O analista presente no espaço de um lapso?
II – O tempo, o corte e o ato: o acontecimento analista.
III – O impossível e o laço: o analista e a época.

O texto enviado será submetido à apreciação da Comissão Cientifica do Encontro, responsável pela seleção dos textos para conversação que ocorrerá em mesas simultâneas, respeitando os seguintes critérios:
• O autor deverá ter feito sua inscrição no XXIV Encontro Brasileiro do Campo Freudiano;
• O texto deve ter no máximo 9000 caracteres com espaços e bibliografia incluídos; e deve ser enviado no formato Word, Fonte Arial 12, Espaço entre linhas de 1,5cm e alinhamento justificado.
• O certificado da inscrição e o texto deverão ser enviados para o e-mail: 24ebcf@gmail.com , com cópia para fernanda.otonibb@gmail.com, até a data de 18 de setembro de 2022.
• O assunto do e-mail deve mencionar necessariamente: “Nome e sobrenome do autor + o eixo temático do trabalho”.



Eixos Temáticos

I - O analista presente no espaço de um lapso?


Em seu último escrito[1], Lacan nos apresenta uma apreensão do ato de falar completamente distinta do que ele havia proposto até então: fala-se sozinho, para si mesmo e não para o Outro. Fala-se para gozar e não para se comunicar. Surge, então, outra forma de apresentação do inconsciente na qual o dizer se fecha sobre si mesmo, tornando a transição ao Outro precária. No que concerne à experiência analítica, isso conduz a um impasse quanto à transferência, colocando um problema com relação ao modo de presença do analista e suas possibilidades de intervenção, pois o analista, diferentemente do que propunha Lacan no Seminário 11, deixa de ser situado como fazendo parte do inconsciente, isto é, como destinatário do discurso do analisante. Nesse contexto, se o analista pode ser considerado, ainda, como uma manifestação do inconsciente, é porque sua presença é passível de dar corpo ao inconsciente real, ao que está fora da transferência, ao que na fala do paciente se apresenta como obstáculo, ao que não chega a se satisfazer, ao que se equivoca: trata-se do inconsciente como espaço de um lapso sem qualquer impacto de sentido ou interpretação. Aqui, o analista se faz presente, sobretudo, como aquele que “perturba a defesa”, um “intruso”, “um sinthoma” ou, ainda, “uma ajuda contra”. Assim, interessa-nos, neste eixo, discutir a presença de um analista no inconsciente real, isto é, quando ele próprio se torna a manifestação do inconsciente formulado como um limite à transferência. Aguardamos, na forma de recortes clínicos, as contribuições que a prática da psicanálise pode dar sobre como o analista se faz presente fora do inconsciente transferencial.

Simone Souto e Tânia Martins
Comissão Científica do XXIVº Encontro Brasileiro do Campo Freudiano


II - O tempo, o corte e o ato: o acontecimento analista


Para Freud, o inconsciente não conhece o tempo, mas uma análise não acontece sem o seu manejo. O que caracteriza a experiência analítica é que nela o modo passado do tempo é atualizado pela presença do analista[2]. Em 1978, Lacan propõe para o analista o lugar do suposto saber como operar com a matéria que percute no corpo falante, definindo o corte como um dizer. Isso leva Miller a afirmar que o modelo do ato no ultimíssimo ensino de Lacan é o corte[3] que abre ao indeterminado e que, por participar da escrita do gozo, abre a um saber ler e fazer de outra maneira. De Freud a Lacan, encontramos o fio que engendra tempo, corte e ato como modos da presença de um dizer como acontecimento que incide no circuito pulsional. Na época em que o Outro se apresenta inconsistente, a urgência aparece dando o tom da presença de um irredutível nas demandas por respostas rápidas, nas precipitações de passagens ao ato, no tempo expectante da angústia, no inarticulável de uma experiência traumática. Como localizar essa eclosão cuja urgência Lacan indica que o analista faz par? Seria a irrupção da presença de um irredutível que favorece a entrada em análise e precipita o momento de concluir? Como o ato analítico pode franquear uma passagem ao tempo de compreender? Aguardamos os casos que mostrem o acontecimento analista no manejo do tempo na urgência e no percurso de uma análise seguindo a investigação proposta por Lacan de verificar a operação do corte como um dizer, o que ele interpreta e seus efeitos.

Fernanda Otoni, Flávia Cera e Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros
Comissão Científica do XXIVº Encontro Brasileiro do Campo Freudiano


III - O impossível e o laço: o analista e a época


Há épocas! E cada uma tem sua subjetividade.[4] A originalidade da psicanálise está em considerar a subjetividade da época como o campo de sua ação, o campo da realidade transindividual do sujeito[5], como disse Lacan. Entretanto, o analista presente aí não acontece sem a incidência de uma Escola que, lacaniana, concebe que o inconsciente é a política. A Escola de Lacan não é só um local de formação, mas também, como nos disse Romildo do Rêgo Barros, nela está contida uma crítica ativa, prática e teórica ao funcionamento social como tal[6]. Afinal, ser conforme o ser social é impossível, pois alguma coisa aí se mete atravessado, faz obstáculo, sintoma do real[7]. Transmitir esse impossível concerne à ética da psicanálise. Hoje, convivemos com a eclosão de uma pluralidade de Coletivos que se organizam em torno de um ideal, cujo discurso toma a marca de uma diferença como agente comum, dando abrigo a modos singulares de satisfação. Ou seja, o “coletivo não é nada senão o sujeito do individual”[8]. Entretanto, ele integra em si as pequenas diferenças que se tornam alvos de segregação. Lacan concebe, todavia, que os laços não só resultam da identificação a um ideal, mas decorrem, mais ainda, do impossível de se fazer um todo, tal como podemos ler no sofisma dos três prisioneiros. Ali há um laço cuja lógica não é efeito da identificação, mas da asserção do impossível que ali os aprisiona, índice irredutível da inexistência da relação, cuja “asserção subjetiva antecipatória” irrompe “como forma fundamental de uma lógica coletiva”[9]. Mas como demonstrá-lo? Como ler com Lacan o impossível e o laço, seus modos de presença na atualidade do tecido social? Que experiências podem contribuir para extrairmos o novo da lógica coletiva, que organiza a nossa época, bem como localizar os acontecimentos de corpo políticos que participam de sua montagem e seus efeitos segregativos? Aguardamos casos clínicos, “vinhetas práticas” ou “situações institucionais” nas quais a presença do analista introduz uma diferença com relação ao discurso comum abrindo a novos modos de ler as diversas formas de laço social de nossa época.

Margarida Assad, Pablo Sauce e Rômulo Ferreira da Silva
Comissão Científica do XXIVº Encontro Brasileiro do Campo Freudiano


[1] LACAN, J. Prefácio à edição inglesa do Seminário 11. (1977) In: _. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.

[2] MILLER, J.-A. A erótica do tempo. Op.cit.

[3] MILLER, J.-A. “Os Troumains”. Disponível em https://congresoamp2020.com/pt/articulos.php?sec=el-tema&sub=textos-de-orientacion&file=el-tema/textos-de-orientacion/20-03-02_los-trumanos.html

[4] MILLER, J.-A. Punto de Capiton. In.: Polêmica política. Barcelona: Gredos, 2021. p. 31.

[5] LACAN, J. “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise”. In.: Escritos. Trad.: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, (1998) p. 259.

[6] RÊGO BARROS, R. “Sobre grupos”. 4º Encontro Americano – XVI Encontro Internacional do Campo Freudiano. 2009. Disponível em http://ea.eol.org.ar/04/pt/template.asp?lecturas_online/textos/rego_barros_sobre.html

[7] LACAN, J. La troisième. Op.cit. p. 34.

[8] LACAN, J. “O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada”. In.: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, (1998) p. 213.

[9] Ibid., p. 211.


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