O uso do virtual na psicanálise se disseminou, nos últimos dois anos, como uma prática consoante à era digital, dominante no estado atual da civilização. Nesse período, grande parte dos analistas membros da Associação Mundial de Psicanálise (AMP) passou a fazer uso extenso de instrumentos multimídia, razão pela qual podemos tomá-lo como um genuíno laboratório experimental do qual se pode retirar ensinamentos a respeito de seu impacto[2] sobre a própria psicanálise. Ao colocar em questão esses usos na experiência analítica, a proposição de Jacques-Alain Miller e Angelina Harari para o Comitê de Ação da Escola Una constitui-se, portanto, como uma oportunidade ímpar para interrogarmos, à luz do ensino de Lacan, a presença desses objetos técnicos-virtuais no âmbito das Escolas da AMP. Diante da ausência de leituras mais aprofundadas sobre a atualidade clínica desse problema, fez-se necessário recolher um vasto campo de observações críticas que os analistas extraem de experiências em que o virtual é um componente importante.
O motor propulsor do uso em grande escala da psicanálise virtual foi a crise que se instalou no planeta a partir de novembro de 2019, com o surgimento de uma peste viral altamente contagiosa e mortífera. A imposição de medidas emergenciais de isolamento e restrição do convívio social fez com que as pessoas dos quatro cantos do mundo, já adaptadas à chamada desconexão[3], se vissem constrangidas a lockdowns, fechamentos de fronteiras e proibições de viagens. Na esfera da experiência analítica, as consequências recaíram sobre as limitações de deslocamento do paciente para encontrar seu analista. O virtual aparece, portanto, como um recurso viável para tratar e mesmo suplantar esse entrave à efetuação do ato analítico.
A disseminação e a acessibilidade a esses objetos técnicos tornam a interação humana permeada pelo virtual um fato corriqueiro e banal. Diante disso, indaga-se também: não teria chegado o momento para o contato remoto em tempo real acontecer entre analista e analisante? Para isso, bastaria acionar o compartilhamento instantâneo entre dois pontos, via internet, conectando o dispositivo do analista com o de seu paciente! Como se sabe, é marcante para a reflexão dos especialistas que a experiência digital se caracteriza pela desterritorialização, ou seja, “o não estar presente”[4]. É o caso então de se interrogar acerca das condições da experiência que acontece por meio dessa modalidade de interação. Se a vida on-line implica que as pessoas se encontrem desatreladas de um enraizamento espaço-temporal, qual é o efeito desse “não estar presente”, ou do “desprendimento do aqui e agora”[5], para o encontro virtual com o analista? Enfim, para a prática lacaniana, é insuficiente postular que o virtual se estabelece no alinhamento com a “subjetividade da época”[6]. É preciso alargar o campo dessas interrogações para o de sua interferência no âmbito do “desejo do analista”, princípio ético que consiste no motor da prática analítica?
A psicanálise é uma prática em que a materialidade da palavra está implicada de modo singular[7]. O próprio analista resulta de sua experiência com a fala, na medida em que busca dar conta do modo de gozo que o habita; depois, como leitor do discurso do inconsciente do sujeito, que aposta no dizer para assegurar-se de algo do gozo do sintoma que o anima, em detrimento das vivências repetitivas de indiferença e exclusão[8]. Falar da prática analítica sob a interferência do virtual se inscreve no horizonte da análise crítica e permanente que os psicanalistas devem fazer para que o discurso analítico não tenha seu emprego degradado[9].
A prática analítica é uma experiência suficientemente definida e limitada enquanto tal, a partir da descoberta do inconsciente estruturado como uma linguagem e articulado por cada sujeito em um discurso. O discurso do inconsciente supõe uma falta essencial, uma perda que, desde Freud, foi localizada na sexualidade. Em contraposição, o uso do virtual na experiência da análise carece de mais esclarecimentos e formalizações clínicas; coloca em questão a experiência do falasser. Constata-se ainda que as inferências da tecnologia, favorecida pelos recursos possibilitados pela internet, foram penetrando gradualmente o setting analítico: mensagens de texto, registros de sonhos, prints de conversas são exemplos do uso de Apps como órgão de memória externo. A substituição em massa do encontro presencial pelas sessões on-line, bem como seu pagamento por Pix, veio por uma contingência, mas favorece nossa conversação para avaliar em que medida a ingerência da técnica no discurso atual preserva ou compromete os princípios éticos do procedimento analítico[10].
Para encorajar os psicanalistas membros da AMP a falar sobre essa experiência, o Comitê de Ação: A psicanálise virtual propôs um estudo exploratório, por meio de uma plataforma de pesquisa on-line[11], sobre a atualidade dos usos do virtual, que teria continuidade em um recolhimento abrangente de experiências clínicas. Destaca-se o fato que esse método foi inspirado pelos psicanalistas da International Psychoanalytique Association (IPA), que tomaram a iniciativa, já há alguns anos, para validar a psicanálise por telefone[12]. Nosso objetivo não foi o de obter respostas conclusivas nem estabelecer uma doutrina sobre a psicanálise virtual, mas poder levantar opiniões e questões para orientar nossa Conversação.
O questionário contém dezoito questões fechadas e uma aberta, seguida de uma sondagem sobre disponibilidade para uma contribuição particularizada da experiência. A décima quinta questão visa o recolhimento das dificuldades. Enviou-se, assim, para cada um dos membros da AMP declarado Analista Praticante (AP) ou Analista Membro de Escola (AME), de acordo com os anuários das sete Escolas da AMP, disponíveis em seus sites.
O quadro a seguir permite mostrar que a adesão dos membros da AMP à pesquisa não foi expressiva. Por outro lado, a maioria daqueles que respondeu à décima nona questão enfatiza a importância da iniciativa para lançar o debate entre nós. O conjunto das respostas dos analistas ao questionário mostra um panorama das Escolas em relação à psicanálise virtual:
ESCOLA (Numeração por ordem de fundação) |
Nº de membros |
Nº de questionários enviados |
Nº de questionários respondidos |
“Seu ponto de vista sobre a psicanálise virtual” |
Demanda de contribuição escrita |
Nº de textos recebidos |
1.ECF | 431 | 431 | 104 | 55 | 10 | 6 |
3. EBP | 258
11 outras escolas |
247 | 101 | 59 | 10 | 9 |
2. EOL | 527
10 aderentes 27 outras escolas |
500 | 10 | 8 | ||
4. ELP | 262
23 não declaram ser AP |
239 | 326 | 198 | 10 | 3 |
5. NEL | 139
9 outras escolas |
130 | 10 | 5 | ||
6. SLP | 128
2 outras escolas |
126 | 53 | 23 | 10 | 4 |
7. NLS | 218
67 outras escolas |
151 | 35 | 25 | 10 | 5 |
Total | 1.983 | 1.823 | 619 | 360 | 70 | 40 |
A ECF se manifestou de preferência problematizando a psicanálise virtual. Alguns de seus membros sinalizaram o surgimento de coisas inéditas por telefone; outros pensam que o virtual pode ser usado, mas de maneira pontual; alguns reforçaram que a presença dos corpos é indispensável, ao menos no início. Poucos mencionaram a função de manter o laço transferencial durante a pandemia; e a maioria acha que a psicanálise virtual não é possível, não é psicanálise.
A EOL, a SLP e a NEL[13] consideram a psicanálise virtual possível. Destacaram sua utilidade para manter o laço transferencial durante a pandemia em situações emergenciais e quadros de angústia. A maioria considera que só é aplicável quando já há um certo percurso de análise. O modo virtual “pode ser combinado com o presencial”, “produz efeitos analíticos”, “veio para ficar”. Há quem considere possível iniciar uma análise on-line e, na mesma proporção, quem ache “que a entrada em análise não se dá pelo modo virtual”.
A EBP se adaptou muito bem à psicanálise virtual. Os analistas que, antes da pandemia, recusavam a sessão on-line passaram a usá-la. É a Escola mais otimista em relação ao futuro da psicanálise virtual: “veio pra ficar”, “não tem volta”, “difícil retroceder”, mas “é preciso intercalar com sessões presenciais”. Foi também a Escola que mais colocou questões sobre a presença do analista, o limite do ato analítico, a necessidade do corpo a corpo, a possibilidade ou não da entrada em análise e do final de análise.
A SLP defendeu a utilidade da psicanálise virtual como “uma forma de manter a psicanálise viva”, “para situações singulares”, “para pacientes em trânsito”, “para pacientes fóbicos”. Em contrapartida, muitos analistas foram taxativos: “não faço”, “nunca pratiquei”, “inviável”, “não substitui a presencial”.
A NLS considera a psicanálise virtual um meio necessário apenas para situações de isolamento, urgência e distanciamento geográfico. De maneira geral, não são favoráveis. Acham que produz efeitos terapêuticos, mas não toca o real. Notaram desinibição para falar, mas também inércia.
Em relação aos analisantes: na sua maioria, os pacientes dos analistas da ECF recusaram a sessão por telefone. Alguns interromperam, talvez por ser “muito ligado à imagem real” ou porque “faz consistir demais o objeto voz e a imagem”. Os que aceitaram circunstancialmente se opuseram ao uso do vídeo.
Muitos pacientes e analistas em formação da EOL, ELP e NEL recusaram o modo virtual. Outros, contudo, querem continuar com as sessões on-line. Um certo número de pacientes que tinha interrompido por causa de deslocamento geográfico retomou o trabalho de transferência. A preferência foi pelo uso exclusivo do áudio. O recurso do vídeo leva à interrupção do trabalho analítico em pouco tempo.
Na EBP, muitos pacientes declararam preferência pelo modo virtual. Outros interromperam o trabalho para retornar depois da pandemia. Os analistas, por sua vez, registraram que a psicanálise virtual é “extenuante”, “cansativa” e “interfere no desejo do analista”.
Um analista em formação da SLP precisou lançar mão da psicanálise virtual e sinalizou efeitos terapêuticos sobre a transferência.
Na NLS, os analisantes manifestaram sentir falta do deslocamento e do jogo de presença/ausência das sessões presenciais.
Os analistas das sete Escolas partilharam de uma mesma recomendação: “a psicanálise virtual é desaconselhável para psicóticos”. Para crianças e adolescentes, prevaleceu a opinião de ser impraticável, mas teve alguns pareceres contrários. Uma outra proposição presente nas respostas de todas as Escolas foi o limite da psicanálise virtual para os fins da psicanálise pura: “não leva ao final de análise”. Por isso a psicanálise virtual foi enfatizada como uma experiência limitada.
Considerou-se o uso da psicanálise virtual para favorecer os outros dois pilares da formação do analista: a supervisão on-line e a formação permanente nas Escolas, por meio de um modelo híbrido para a transmissão.
O convite para a contribuição clínica relançava as dificuldades com a prática da psicanálise virtual. Destacou-se o ponto mencionado por Jacques-Alain Miller, em 1999, concernente à função essencial da presença em carne e osso na análise para o tratamento do real.
Se ver e conversar não faz uma sessão analítica. Na sessão, dois estão ali juntos, sincronizados, mas não estão ali para se ver, como o demonstra o uso do divã. A co-presença em carne e osso é necessária, mesmo que seja apenas para trazer à tona a não relação sexual. Se sabota-se o real, o paradoxo se apaga. Todos os modos de presença virtual, mesmo os mais sofisticados, vão tropeçar nisso[14].
Nessa entrevista, Miller cogitou que o movimento geral de virtualização em curso desde as ultimas décadas do século XX não contaminaria a psicanálise pela própria especificidade da prática analítica. A pesquisa confirmou que “a ausência dos corpos limita as intervenções”, “fica difícil responder com o corpo a um ponto da interpretação”, “a possibilidade de se marcar uma escanção com o corpo fica suprimida”[15]. Deitar no divã pode representar estar à mercê do Outro, em uma posição de resignação e submissão. No divã, o sujeito se desveste de seu corpo ativo, abandona o corpo imaginário, a imagem de si mesmo[16]. Resta, nesse lugar, um corpo como trapo, resto, lixo precioso. Porém, quando “o imaginário assume a liderança, que presença real do analista permite franquear”, se esse não está, ainda assim pode-se tocar o real?
O silêncio encarnado fica comprometido, é confundido com uma ausência por falha técnica: “Você está aí?”, “Está me escutando?”. Uma vez, a conexão com a internet falha de fato e o analista retorna a ligação, mas o paciente não responde. Na sessão seguinte, diz que estava certo de ter sido um corte. Corte? Ou algo a proveito da defesa?
Antes da pandemia, muitos analistas da AMP não tinham ideia da possibilidade da psicanálise por meio virtual. Alguns poucos tinham se iniciado nessa prática e realizavam sessões on-line sobretudo para atender pacientes em situação de urgência subjetiva ou de migração geográfica. Uma circunstância política excepcional em um país, cuja consequência foi a migração em massa, levou à prática expressiva de sessões on-line.
Para aqueles que aderiam, o virtual é apresentado como uma ferramenta para garantir a presença quando os corpos não podem se deslocar. A proposta é singularizar o virtual, adaptando-o para cada caso, pois os recursos foram avaliados como propícios às invenções de arranjos no sintoma de cada um. À questão de saber se é possível fazer presente o corpo através das novas tecnologias, os analistas inventaram, por exemplo, a marcação da tripla escansão temporal da sessão: no primeiro tempo, o do acolhimento do paciente, o analista usa o vídeo; no segundo tempo, o da associação livre, o analista coloca o computador sobre o divã, de forma que o paciente, através da tela, tenha o ponto de vista de quem está deitado no divã; para marcar o terceiro, o corte da sessão, o analista retira o computador do divã[17].
Observou-se que o confinamento e o excesso de mobilidade, ambos efeitos sintomáticos da virtualização do mundo, resvalam sobre a transferência. Um paciente só se engajou no trabalho analítico depois de perceber que se confinar era seu modo de estar em casa. Um outro, habituado a muitos deslocamentos internacionais, durante a pandemia fazia suas sessões perambulando pelas ruas, passando por vários lugares. Na experiência analisante de uma analista acometida por um problema de saúde, que restringia seu deslocamento até o analista, as sessões on-line permitiram-lhe obter efeitos analíticos importantes sobre o real de seu gozo, que situa a partir do manejo da transferência: um amor intenso, à distância[18].
Na clínica da psicose, só possível virtualmente devido à pandemia, o corpo se destaca como objeto infectado. Um fragmento de caso mostra que, na transferência, o muito “ao lado” do analista, surgido nas sessões presenciais, foi amenizado nas sessões on-line, o que permite colocar a questão: as sessões on-line podem entrar na pragmática da clínica como um recurso para o tratamento ou se constitui como um remédio para a dificuldade própria ao laço transferencial na psicose?[19]
Nos casos de inibição extrema, o corpo em exibição do inibido é esvaziado do olhar do Outro ou ganha uma defesa? O caso de uma jovem mostra outra perspectiva. Antes, seu corpo tremia, suas mãos suavam, sentia-se transparente e ficava paralisada. O uso do Skype permitiu ao analista forjar um modo de presença/ausência singular, encenando o encontro presencial: vídeo ligado no início, desligado durante o transcorrer da sessão e religado para encerrá-la. Quando não há imagem, o analista faz barulhos — digita no computador, folheia livros, arrasta objetos. Outras vezes, faz silêncio absoluto. A psicanálise virtual para essa analisante serviu como uma tela de proteção contra a presença do Outro. Ao retornar às sessões presenciais, o corpo não treme mais. Perdeu o aspecto rígido, vivificou-se. Foi “o analista que se tornou tela; a marcação da presença/ausência com ruídos produziu efeitos inesperados”[20]. Em outro caso, o virtual gerou inibição: o paciente não podia explicar seus sonhos por telefone[21].
Uma coisa é o psicanalista lançar mão de recursos do virtual para operar, outra coisa é a psicanálise ser qualificada de “virtual”, “por telefone” ou “no ciberespaço”. A clínica do corpo falante implica um corpo presente, que possa fazer surgir o ponto de angústia, única a visar o impossível de suportar do gozo. A voz significante que atravessa a barreira do som não é a voz objeto da psicanálise, objeto da pulsão invocante, veículo pelo qual se acede ao real. A imagem percebida na tela, “minha imagem”, “minha presença no Outro”, i(a) do estágio do espelho, não tem resto. Por isso é diferente do objeto no nível do olho, objeto a separado e elidido em outro lugar, distinto daquele que causa o desejo. Os recursos do virtual destacam a forma visual e ilusória; o olhar que me reflete e, por me refletir, é imaginário, elide a materialidade do furo pulsional. Sem a presença em carne e osso para perturbar o fascínio da boa forma, é possível tocar o arrebatamento do gozo pelo fato de o corpo ter se deixado habitar pelo significante?
Para além do corpo visual, o que interessa à psicanálise é o corpo pulsional, de furos e bordas, sobre o qual a palavra se escreve. Os casos apresentados mostraram mais o recurso da tecnologia na experiência da palavra do que um uso propriamente psicanalítico do virtual visando a parte de vida do corpo libidinal que permite a escrita do inconsciente.
Ana Lydia Santiago
[1] Relatório elaborado para La Grande Conversation de l’École Une (19-20/03/2022), pelos integrantes do Cartel La psychanalyse virtuelle: Ana Lydia Santiago (EBP), autora [Mais um], Andrea Zelaya (EOL), Amelia Barbui (SLP), Iván Ruiz (ELP) e Victoria Paz (ECF).
[2] LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. p. 21. O autor questiona o emprego da “metáfora bélica do impacto” para esclarecer as consequências que as tecnologias da informação impigem sobre a vida civilizada. A inadequação dessa figura retórica transmite a ideia de que “essas técnicas viriam de outro planeta, do mundo das máquinas”, como se fossem criações pré-discursivas, sem relação com o fato de que são produtos inerentes às linguagens e instituições sociais complexas.
[3] RHEINGOLD, H. La Réalité virtuelle (1991). Paris: Dunop, 1993.
[4] LÉVI, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. Como afirma o autor, no virtual, “a sincronização substitui a unidade de lugar, e a interconexão, a unidade de tempo”. p. 19.
[5] O filósofo Paul Virilio examina vários outros fenômenos que marcam o espírito da época tecnologizada, como o paradoxo entre velocidade e inércia; as transformações das experiências em comum, suscitadas pelo compartilhamento compulsório de informações e pelos monitoramentos contínuos; bem como as novas formas de isolamento e dispersão que vieram junto com a expansão das redes digitais e a multiplicação das telas. Mais a respeito, ver: VIRILIO, P. Estética da desaparição (1980). Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
[6] LACAN, J. “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise” (1953). In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 322.
[7] LAURENT, É. “Princípios diretores do ato analítico”. In: Sociedade do sintoma. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2007. p. 215-220. Primeiro dos oito princípios da psicanálise, tal como proposto em 2004, por Éric Laurent, então Delegado da AMP.
[8] LACAN, J. Déclaration à France-Culture en 1973. Disponível em: https://m.youtube.com
[9] LACAN, J. “Ato de fundação”. In: Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
[10] MILLER, J.-A. “Introdução ao método psicanalítico”. In: Lacan elucidado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.
[11] SurveyMonkey.
[12] Plataforma utilizada pelos psicanalistas da IPA engajados em contribuir para a construção de um aspecto específico e novo da técnica psicanalítica: “a psicanálise por telefone”. Compartilhar as propostas, colocar à prova o que está sendo pensado e respaldar as recomendações faz parte da metodologia de sua validação. Os trabalhos encontram-se publicados nas revistas e anais de congressos da IPA (Estados Unidos, América Latina e Europa). As referências utilizadas pelos analistas na produção de seus artigos são basicamente textos de Freud e de membros da IPA, frutos do debate interno que vem acontecendo desde os primeiros anos do século XX. O livro de Ricardo Carlino, por exemplo, médico e membro efetivo da Associação Psicanalítica da Buenos Aires (APdeBS), dá expressão ao estabelecimento de standards para a psicanálise por telefone, mas também a revisão de princípios. O autor busca o suporte do discurso jurídico para a institucionalização da psicanálise por telefone.
[13] O questionário era anônimo e nem todos os respondentes quiseram se identificar. Por essa razão, as respostas dos analistas membros da EOL, da ELP e da NEL foram agrupadas a partir do critério Língua Espanhola.
[14] MILLER, J.-A. “A mundialização da psicanálise na era digital”. Entrevista com Éric Favereau. Libération. 3/7/1999.
[15] A contribuição de Cristina Martínez de Bocca (EOL) apresenta exemplos de intervenções que não podem prescindir do corpo do analista. Em uma caso, por exemplo, uma alisante está com o olhar perdido, olhando pela janela, o analista, sem dizer uma palavra, se levanta e fecha a janela. Em outro caso, o analista se levanta pondo o corpo entre a janela aberta e a criança e diz: “não te deixarei cair”.
[16] Extraído da contribuição de Luciana Silviano Brandão (EBP) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.
[17] Extraído da contribuição de Katty Langelez-Stevens (ECF) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.
[18] Extraído da contribuição de Ioanna Verigaki (NLS) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.
[19] Extraído da contribuição de Maria Cristina Giraldo (NEL) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.
[20] Extraído da contribuição de Monica Vacca (SLP) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.
[21] Extraído da contribuição de Miguel Bassols (ELP) para o Comitê de Ação: A psicanálise virtual.